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1. A favela é o retrato
De um povo discriminado
(Valdir Teles e João Paraibano)
Lugar de um povo sem nome
Que o rico chama de plebe
Tem sal na água que bebe
Miséria no pão que come
Escravo da dor da fome
Num país mal governado
Além de pobre obrigado
Votar num político ingrato
A favela é o retrato
De um povo discriminado
(Valdir Teles)
Lugar de um povo cativo
De mão magra e pé descalso
Ferói que um governo falso
Abandonou sem motivo
Vai dormir sem terra vivo
Num barraco soterrado
Antes de ser encontrado
O jornal comenta o fato
A favela é o retrato
De um povo discriminado
(João Paraibano)
2. Na criança faminta da favela
Vejo a face de Cristo retratada
(Rogério Menezes e Hipólito Moura)
A criança que triste continua
Que não sabe da mãe que foi gestante
Sem apoio do nosso governante
Na miséria da pátria ainda flutua
Se hoje está a perambular pela rua
Amanhã com certeza está armada
Pra assaltar na mansão ou na calçada
Os bandidos que roubam os sonhos dela
Na criança faminta da favela
Vejo a face de Cristo retratada
(Rogério Menezes)
A criança precisa é de um ranchinho
Não precisa morar numa favela
Se você tem dinheiro ajude ela
Lhe fazendo uma dose de carinho
O menor não consegue estar sozinho
E a criança precisa ser zelada
Você pode ser vítima à madrugada
Com um menor com a faca em sua goela
Na criança faminta da favela
Vejo a face de Cristo retratada
(Hipólito Moura)
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Senha de descompactação: cantoriasecordeis
Vai aqui um destaque para a excelente performance do poeta Rogério Menezes.
fevereiro 25, 2008
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